essencia

essencia

Apresentação

Este é o blog da Célula Essência de Deus, da Paróquia Espírito Santo, em São José dos Campos -SP. Nossas atividades deram início no dia 07/03/2011, a partir da multiplicação da Célula Pão da Vida, ocorrida em 27/02/2011.

Os objetivos deste blog são divulgar a nossa experiência vivida em células, assim como partilhar os testemunhos dos nossos irmãos, que tanto tem edificado suas vidas através da vivência do evangelho e da prática das virtudes cristãs.

Aproveitamos este espaço para divulgar o Evangelho de Cristo no ambiente digital, conforme nos exorta o Papa Bento XVI.

O que são Células na Igreja Católica?
São grupos de pessoas que se reúnem nas casas, a exemplo dos primeiros cristãos, conforme o relato dos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47 ). São pequenos grupos, de 12 pessoas, no máximo, que tem como objetivo uma nova estratégia de evangelização. Do ponto de vista funcional, crescem e se multiplicam como células vivas. As células pertencem ao Corpo de Cristo, que é a Igreja, e devem estar ligadas a uma paróquia, sob a orientação e supervisão de um sacerdote.

A célula não é um grupo fechado de cristãos, criado só para algumas pessoas da Igreja: ela é uma pequena comunidade cristã que tem a multiplicação do corpo de Cristo como objetivo. E embora tenha reuniões, não se limita a elas. Célula não é só um dia por semana, mas uma comunidade viva, em ação, onde os membros são comprometidos uns com os outros, dentro e fora das reuniões. Também não são grupos paralelos à estrutura do corpo eclesial (a comunidade maior), mas são justamente a base vivificante deste corpo.

Fonte: site http://www.comunidadefanuel.com/catolicos/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mentoria Espiritual




O que é mentoria espiritual? (spiritual coaching)

Ao contrário do que possa parecer, a mentoria espiritual está mais para um exercício de vida simples e de amizade cristã, do que uma atividade profissional baseada em fórmulas que só servem para distanciar as pessoas umas das outras. A mentoria espiritual tem por princípio o relacionamento com o outro, mas de tal modo que se torna resultante de um primeiro e grande relacionamento que se dá entre o mentor e mentoreado com Deus como o grande Outro.

Somente a partir do estabelecimento de uma relação com Deus é que o indivíduo consegue superar os limites de uma existência autocentrada, egoísta e manipuladora. É isso que tornará possível uma aproximação do outro de forma amorosa e dentro dos princípios ensinados por Jesus Cristo.

Até mesmo no campo da mentoria profissional, um mentor, tutor ou coach não é um mero treinador. Seu trabalho não se resume em oferecer instrução particular, ensino e supervisão em uma determinada área de atividade. Há que se compartilhar também a vida.

Mentoria espiritual exige uma sensibilidade para entender o modo de Deus agir, uma atitude de respeito e de compaixão para com aqueles com quem convivemos a fim de desenvolvermos juntamente a habilidade de aprender com as situações mais comuns da vida. É como a reconstrução de uma casa após uma grande enchente. Não basta restaurar a aparência da casa. Tem que se limpar por dentro, reorganizar a vida, recompor os móveis. Para esse recomeço, a solidariedade, a generosidade e a gratidão são os valores mais importantes a serem cultivados.

Lembro-me do vizinho de meu cunhado. Ele tinha uma linda casa de madeira toda envernizada. Era a casa mais linda do bairro. Um dia, um incêndio consumiu toda a casa. O casal de proprietários perdeu tudo. Não deu tempo de salvar nada. Não tinham nem roupa mais para se vestir. Foi aí que funcionou a solidariedade. Hoje, uma outra casa está reconstruída no terreno. Mas o casal jamais será o mesmo.

No que diz respeito à mentoria espiritual, a casa somos nós mesmos, em nossa integridade. Isso tem a ver com a nossa identidade. As transformações culturais que acontecem na sociedade têm devastado o universo de nossos valores e também a maneira como compreendemos a nós mesmos. É preciso revirar os escombros e refazer as fundações para reconstruir uma vida tal como ela foi criada para ser. É disso que trata a mentoria espiritual.

Nessa condição, somos todos mentoreados e Jesus Cristo é o único e verdadeiro mentor capaz de nos ajudar a reconstruir uma vida que possa fazer sentido. A mentoria espiritual tem, então, um grande fundamento teórico: os ensinos deixados por Jesus Cristo, conforme está registrado na Bíblia. Só que esses estudos devem ser analisados à luz da história, da filosofia e da psicanálise para se chegar a uma compreensão mais adequada de quem somos.

É nesse sentido que Jesus Cristo pode ser considerado o mentor mais hábil e mais eficiente que já se conheceu. Durante seu ministério, ele aconselhou, exortou, motivou e orientou seus discípulos, de tal forma que transformou a vida de pessoas simples. O método que Jesus usou pode ser comparado ao que atualmente é conhecido como life coaching, cujos conceitos podem ser aplicados à atividade executiva tanto nas grandes corporações quanto em pequenas empresas.

O grande desafio da mentoria espiritual é, portanto, fazer de Jesus o grande coach da nossa vida pessoal e de aprofundar esse relacionamento no sentido de fazer com que a vida e os ensinos dele sejam reproduzidos em nós.



Mentoria, coaching e espiritualidade 

Você certamente já ouviu falar que liderar é executar as tarefas enquanto se constroem relacionamentos. Esta é a ideia defendida por escritores como James Hunter. Nos dias de hoje, você não consegue legitimidade da sua atuação como líder se não for através da construção do relacionamentos com seus companheiros de equipe. O que você descobre hoje é que os líderes bem sucedidos ajudam seus colaboradores a crescer e se adaptarem através de um programa de relacionamentos conhecido como mentoria. O nível de envolvimento do líder em desenvolver mentoria demonstra o quanto ele se preocupa com sua equipe e isso encoraja a todos os envolvidos para a mudança e para a inovação. Até mesmo os conflitos são mais bem trabalhados por valorizar os relacionamentos interpessoais e a comunicação.

A grande razão para a existência desse tipo de atividade é o fato de que não há formas de organização humana sem conflito. Não podemos ignorar o fato de que as nossas interações formam uma rede, um tecido social que influencia a conduta humana. As pessoas normalmente aprendem através das ações intencionais, das crises e também dos relacionamentos. As ações intencionais nos remetem ao saber fazer, o tipo de conhecimento que está em alta em nossos dias. As crises nos estimulam a uma reflexão sobre o melhor aproveitamento dos recursos e das oportunidades a fim de construir uma condição melhor. Mas é nos relacionamentos que identificamos nossos pontos fracos e fortes e podemos encontrar caminhos para a realização pessoal.

Como uma atividade voltada para o mundo corporativo, a mentoria tem assumido pelo menos duas formas distintas, mas muito próximas entre si. Quando a mentoria é praticada por um nível hierárquico superior, com a finalidade de orientar o subordinado e de fazer com que as intenções da liderança sejam transformadas em ação, tem sido chamada de coaching.

Quando a preocupação está voltada para a vida como um todo, não só para as questões ligadas à carreira e à organização, tem sido chamada de mentoring. Nesse nível de mentoria, o que prevalece é o valor da pessoa como ela é, sem a preocupação com superação ou com tomadas de decisões, mas com o real interesse de aprofundar relacionamentos, realçar valores humanos e aumentar o nível de comprometimento com as pessoas.

A mentoria é uma estratégia muito antiga. Para alguns, ela foi pela primeira vez registrada na literatura na obra de Homero. A Bíblia tem relatos de atividade de mentoria bastante curiosos. Os profetas bíblicos desenvolviam seus discípulos através de um relacionamento muito próximo. Foi o caso do profeta Elias com o seu auxiliar Eliseu, que por sua vez, quando se tornou profeta, teve como auxiliar o jovem Jeazi. Jesus teve doze discípulos que foram treinados para o apostolado, mas ele escolheu três – Pedro, Tiago e João – para serem os mais próximos.

A mentoria é baseada na vivência, no caminhar junto, no compartilhar a vida. Poucos mentores profissionais sabem que seu principal papel não é ter todas as respostas, mas construir juntos o caminho para uma relação amigável, justa, equilibrada. É claro que o maior beneficiado de um ambiente em que as pessoas se respeitam e reconhecem o seu valor é a própria organização. Por isso que mais de um terço das grandes empresas nos Estados Unidos desenvolvem programas de mentoria, segundo as pesquisas por entidades ligadas à área de recursos humanos.

Quando é a hora de se preocupar com isso? (a) Quando a situação de crise externa exige flexibilização das ações; (b) quando a competitividade aumenta; (c) quando os conflitos internos atrapalham os relacionamentos; (d) quando se torna necessária a busca de novas ideias.

Mas você não precisa esperar ficar doente para poder ir ao médico. Você pode adotar um estilo de vida saudável e periodicamente procurar o médico para os exames preventivos e de rotina. Esse é o papel da mentoria na vida da organização: promover um ambiente saudável para os relacionamentos, viabilizar a comunicação interpessoal de forma eficaz, prevenir as possibilidades de conflito e valorizar as pessoas pelo que de fato elas são. Quem precisa disso? Todos. Famílias, empresas, escolas, igrejas, organizações, sindicatos, partidos políticos, órgãos públicos. É preciso redescobrir um modo para humanizar as relações a fim de tornar a vida mais significativa. O grande desafio da mentoria é verdadeiramente transformar indivíduos em pessoas.



Jesus e a transformação de indivíduos em pessoas
 
É possível aplicar os ensinos de Jesus em um contexto tão ambíguo como tem se caracterizado o comportamento do mundo corporativo nesse estágio em que o capitalismo chegou? A resposta é positiva, embora deva ficar bem claro que o pensamento desenvolvido por Jesus Cristo está voltado para uma preocupação que está na contramão da mentalidade contemporânea.

Alguns livros têm surgido nessa área que servem de bons referenciais teóricos a fim de promover uma aproximação entre os princípios cristãos e uma práxis de mercado que leve em consideração muito mais a realização pessoal do que a conquista de lucro. É o caso de Mentoria Espiritual: O desafio de transformar indivíduos em pessoas, de James M. Houston (Ed. Mundo Cristão). Há também: Jesus Coach, de Laurie Beth Jones (Ed. Mundo Cristão), e Jesus CEO, da mesma autora (Ed. Ediouro), que procuram apresentar o estilo de Jesus em treinar os seus discípulos de tal forma que os transformou em líderes eficazes, em relação à missão para a qual foram designados.

A preocupação desses autores é de mostrar que o que orientou as atitudes de Jesus como um mentor espiritual foi a perspectiva de resgatar a condição humana e fazer com que indivíduos até então com vidas inexpressivas experimentassem uma transformação significativa. Para isso, Jesus se utilizou de três estratégias: o ensino voltado para as habilidades, a ação efetiva e responsável comprometida com o outro e os relacionamentos movidos pela compaixão.

Foi assim que ele treinou doze homens oriundos de experiências tão diversas e ao mesmo tempo tão comuns. A força com que os chamou fez com que aqueles seus colaboradores tivessem a vida modificada de repente, de modo que nunca mais foram os mesmos. Esse grupo não era formado por pessoas extraordinárias ou sobrenaturais. Eles eram humanos, demasiadamente humanos, passíveis de um questionamento, cheios de temores, mas que foram conduzidos a se tornarem líderes capazes de levar a cabo a missão que lhes fora entregue como se fosse a sua própria missão de vida.

Para entender esse aspecto, é preciso analisar o papel de Jesus Cristo destituído daquilo que a teologia lhe atribui. Uma compreensão de Cristo que não seja meramente histórica, mas que também não esteja vinculada a uma doutrina. Um Jesus que atue muito mais como um homem que tomou as decisões acertadas e que serviu de fonte de inspiração para outros, no sentido de que seu exemplo fosse imitado.

Um líder que esteja para além do Messias, pois foi isso que ele foi enquanto aqui viveu. Ele abriu mão de sua glória para que pudesse ser absolutamente homem, e que deve ser visto como tal em sua função de líder, professor e chefe. Foi isso que o fez motivar sua equipe e tornar efetiva a relação com seus colaboradores. Sua capacidade de gerenciar pessoas e situações de conflito, associada a uma mensagem confrontadora aos padrões da época, fez dele o maior exemplo de espiritualidade que já existiu.

Mesmo que não se aceite a pessoa de Jesus Cristo como o Filho de Deus, Senhor e Salvador de todos os que creem, não se pode discordar de que seus ensinos e seu exemplo constituem-se um forte argumento em favor de uma reavaliação sobre o modo como temos conduzido nossas ações e para apontar caminhos para a reconstrução de uma vida que possa fazer sentido.

 Quando a mentoria espiritual é necessária 

Em que medida a mentoria pode ser considerada como uma atividade espiritual? Na medida em que ela nos remete a uma compreensão de nós mesmos como humanos. E isso vale para o mentor e para o mentoreado. A mentoria como atividade humana surge da necessidade de encontrar sentido para as coisas que fazemos em um contexto de trabalho dominado pela mentalidade engendrada pelo capitalismo. Empresas, na maioria das vezes, adotam programas de mentoria e coach porque estão preocupadas em aumentar sua competitividade e fazer com que os membros da equipe aumentem a sua capacidade de produção.

Mas a mentoria vai além disso. E será tão eficaz quanto necessária na medida em que estiver vinculada a uma noção de espiritualidade. Quando uma empresa começar a se preocupar com a questão da espiritualidade aplicada ao mentoreamento, deve se preparar para uma reviravolta no mundo interior de seus colaboradores. O que vai passar a orientar a vida das pessoas que se interrelacionam são novos valores, novos princípios, novas conquistas que vão sendo consolidadas ao longo das descobertas que serão feitas.

Defendo uma espiritualidade que seja expressão humana, uma atitude em face dos conflitos constitutivos de nossa condição humana. Atitude essa que tem a ver com a nossa necessidade de sermos felizes e de encontrar sentido para a nossa vida. Para esse modo de compreender, tenho como pressuposto o fato de que essa espiritualidade se dá a partir de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo e pela formação de seu caráter em nós.

Não se justifica uma mentoria que seja espiritual que não tenha como princípio a formação do caráter de Cristo. De um lado, é preciso que o mentor ou coucher tenha um comprometimento pessoal de construir uma identidade que se aproxime da pessoa de Jesus, que assuma a sua forma, que se torne conforme a imagem de Cristo. De outro, que o objetivo seja o de fazer com que a pessoa mentoreada assuma o compromisso de também construir sua identidade conforme a mesma imagem de Cristo.


 Assumir a forma de Cristo ou reproduzir o caráter de Cristo só se torna possível a partir da análise e vivência dos seus ensinamentos, que estão contidos na Bíblia. Considero que Jesus Cristo foi o maior mestre de espiritualidade que já viveu e que a Bíblia, onde estão registrados seus ensinos, o maior manual de orientação espiritual que já se produziu – tanto que tem influenciado centenas de gerações há mais de três mil anos, abrangendo três grandes religiões mundiais: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo.

O que se faz necessário, portanto, é desenvolver um programa de mentoria que leve em consideração a espiritualidade como expressão humana e que, ao mesmo tempo, se preocupe com a construção de identidade à semelhança de Jesus Cristo conforme o que se depreende nas Escrituras. Isso não significa repetir os modelos que foram construídos ao longo da história do cristianismo, nem mesmo formatar as descobertas aos padrões de uma religiosidade. Há que se inovar na busca de novos caminhos para a interpretação e para a descoberta de formas de se aplicar os valores e princípios à vida.

Uma mentoria nesses termos é um grande desafio porque é inovadora. Implica mudanças de comportamento das pessoas a partir da constatação de sua necessidade. Por que sua empresa precisa de um programa de mentoria? Para aumentar sua competitividade e eficiência ou para fazer com que as pessoas sejam felizes e encontrem sentido para a sua vida? Se for o primeiro caso, mentoria não passa de uma estratégia para fazer com que seus colaboradores deem mais de si do que eles já estão dando, e isso soa para eles como exploração, em última análise. Mas se é o segundo caso, a mentoria espiritual é o caminho.

Exemplo de mentoria espiritual
 
Um dos exemplos de mentoria espiritual que encontramos na Bíblia é Barnabé. Você já ouviu falar de alguma procissão em devoção a São Barnabé? Já leu algum livro, carta, bilhete ou quem sabe um “scrap” escrito por Barnabé? Conhece algum grande feito que ele realizou ou algum grande movimento que liderou? Eu também não. Apesar disso, ele é o maior exemplo de prática da mentoria espiritual que podemos encontrar na Bíblia depois de Jesus Cristo.

A história de Barnabé é relatada no livro de Atos dos apóstolos. Ele mesmo não era um apóstolo. Era um membro comum da comunidade de cristãos de Jerusalém. Sua vida é conhecida por causa das atitudes que tomou em meio a situações de tensão experimentadas pela igreja. Essas atitudes evidenciavam marcas inconfundíveis de seu caráter. Pelo menos algumas dessas situações podem ser alistadas como definidoras dos grandes valores que orientavam a sua vida.

O primeiro valor era a generosidade. Logo no começo, quando a igreja ainda dava os seus primeiros passos, os cristãos desenvolveram o hábito de fazer doações para ajuda mútua. E um dos exemplos expressivos, que mereceu o registro histórico foi o de Barnabé. “José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa ‘encorajador’, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos”. Atos 4.36-37.

O segundo valor era investir em pessoas. Assim que o temível Saulo se converteu, a presença dele assustava a igreja e até incomodava. Mas Barnabé acreditou na conversão dele e “lhes contou como, no caminho, Saulo vira o Senhor, que lhe falara, e como em Damasco ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus”. Atos 9.27. Depois, quando precisou de um companheiro, “Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos”. Atos 11.25-26. Se Paulo foi o que se tornou, agradeça a Barnabé.

O terceiro valor era o compartilhamento. Quando os irmãos em Antioquia começaram a se reunir, Barnabé foi até lá para ajudá-los: “Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração.” Atos 11.23. E quando a própria igreja de Antioquia quis enviar missionários, não teve dúvidas: “Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: ‘Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado’. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram”. Atos 13.2-3.

O quarto valor era a cooperação. O ministério de Barnabé era: “fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé, dizendo: ‘É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus’.” Atos 14.22. E quando tinha que partir para outra cidade: “Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado”. Atos 11.23.

Mas o irremediável Barnabé não parou quando Paulo resolveu seguir seu próprio rumo. Lá estava ele de novo apostando tudo na formação de João Marcos: “Tiveram um desentendimento tão sério que se separaram. Barnabé, levando consigo Marcos, navegou para Chipre” - Atos 15.39.


Fonte: http://filosofiaeespiritualidade.blogspot.com

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Não falem mal uns dos outros – Série: Uns aos Outros – Ensino X


Leitura =  Tiago 4,11-12

À Igreja que se reúne nas casas, paz!

            Falar mal dos outros, talvez seja o pecado mais comum, até mesmo entre os cristãos. O hábito nocivo de julgar e falar mal dos irmãos existe. Como cristãos deveríamos agir diferente, mas falamos sem pensar, não nos lembrando do impacto negativo que essas palavras terão sobre a pessoa criticada, quando chegarem aos seus ouvidos. Outras vezes, ridicularizamos um irmão, fazendo cerrada gozação de alguma excentricidade dele, ou de algum erro que cometeu. Pode ser que ainda passemos adiante a mais recente fofoca (criada naturalmente, pelos outros...). Tudo isso sem pensar, somente porque a “língua coça”. A respeito dos pecados da língua, do mal que ela faz quando mal usada, leia o capitulo anterior ao proposto para o estudo de hoje, do apóstolo Tiago (3, 1-2).
O que nos leva a falar mal dos outros?
Inveja, ira, ciúmes ou ódio: Há momentos em que decidimos machucar alguém ou diminuir sua reputação, levados por esses sentimentos que são considerados indignos até pelos pagãos e incrédulos. É triste o fato que a maledicência existe dentro da nossa célula ou da nossa paróquia. Conformamo-nos com este fato, desde que ele seja convenientemente disfarçado. Tiago não se conformou com essa situação que estava presente na Igreja de Jerusalém; por isso, ele deixa bastante claro que é um pecado que traz graves prejuízos ao corpo de Cristo.
O que é falar mal dos outros?
Falar mal do irmão é dizer palavras a seu respeito que o tornem desacreditado, desonrado, menosprezado ou desprezado, quando ao caráter  ou às ações.
Como viver esse mandamento?
1. Não devo falar mal dos outros, porque isso é orgulho. Se eu falar mal de alguém estou afirmando que sou melhor do que ele. É prova que já desobedeci ao outro mandamento recíproco: o de não julgar os outros.
2. Não devo falar mal dos outros porque estou desprezando nosso Pai comum quem criou esse irmão à sua própria imagem e semelhança e o redimiu em Cristo. (Tg 3,96 – Rm 8, 28-29)
3. Não devo falar mal dos outros porque minha responsabilidade é de ensinar, encorajar ou aconselhar o irmão, a fim de que este seja edificado e não “enterrado vivo” pela maledicência.
4. Não devo falar mal dos outros, por que se não desejo que os outros falem mal de mim, então não devo falar mal dos outros. Seria egoísmo ter uma medida para mim e outra para o irmão.

Conclusão: A maledicência é uma grave doença no corpo de Cristo e como um veneno que circula dentro da célula, que faz com que os membros vivam desconfiados uns dos outros. Ao terminar a reunião celular, ninguém quer ir embora, não por comunhão cristã, mas para não ser a “próxima vítima”. O contrário acontece quando os cristãos evitam a maledicência, todos podem confirmar-se mutuamente e edificarem uns aos outros. Assim, será mais provável que os membros da célula tenham igual cuidado uns pelos outros e expressem, diante do mundo, o amor e a unidade que Jesus quer.     
Perguntas

            1.Qual o mal que a maledicência dos outros pode causar na célula? E na vida dos outros?
2.Qual foi a sua experiência ao participar do 3º Congresso Católicos em Células e (ou) da grande célula?                 

Testemunhos

Neste post quero testemunhar as maravilhas que Deus tem feito em nossa célula, como consequência do envolvimento dos membros e do poder da oração e da intercessão.
 
1. Em nossa célula tínhamos vários membros com problemas pessoais, como falta de emprego,dificuldades financeiras, falta de moradia, falta de perdão na família, doenças, desavenças familiares. Em todas as reuniões de células orávamos uns pelos outros pelas necessidades de cada um. E quase sempre as pessoas alcançavam vitória sobre seus problemas. 
 
Uma ocasião, falávamos sobre a importância do perdão, que não podíamos deixar que mágoas antigas permanecessem sem solução. Oramos e pedimos que o Espírito Santo iluminasse as pessoas para que se reconciliassem com aqueles com que tivessem alguma coisa pendente. Dois fatos marcaram a reunião: duas irmãs da célula tinham problema de falta de perdão com seus pais.
Uma delas já fazia 15 anos que não falava com o pai, em virtude de brigas e falta de entendimento. Toda vez que ia à casa dos pais, só falava com a mãe. Isso deixava sua mãe extremamente triste, e sempre carregava um peso na consciência por não conseguir perdoar o pai. 
 
A outra irmã também já fazia muito tempo que não falava com seu pai, apesar de saber, pela sua caminhada de vida espiritual, da importância do perdão.
 
Começamos a trabalhar o pedão na célula, individualmente e em grupo, exortando todos os irmãos através de pregações e pela Palavra de Deus.No final do Ano, motivadas pelo Espírito do Natal, quando as famílias procuram rever os entes queridos, as duas irmãs conseguiram realizar aquela tarefa que parecia tão difícil: voltar a falar com seus pais. Foi uma bênção. A graça recebida pelo perdão beneficiou a todos, seus pais, irmãos, assim como serviu de exemplo para todos nós.
 
2. Havia entre nós duas irmãs que estavam passando necessidades: uma, por ter ficado sem casa, e seu trabalho não lhe proporcionar o rendimento suficiente para seu sustento. Passou a morar provisóriamente (de favor) com uma pessoa da própria célula que ofereceu uma acomodação em sua casa. A outra, por ter ficado desempregada.
 
Mesmo sem comentar abertamente, os membros da célula perceberam que elas estavam precisando de ajuda. Assim, vários membros, sem que nada fosse combinado, tomaram a iniciativa de fazer uma compra no supermercado, outro arrumou uma cesta básica, e outros arrecadaram dinheiro para ajudá-las. Quando vimos, estávamos praticando Atos 4, 32-34: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma...e não havia nenhum necessitado entre eles...".
 
Esses testemunhos nos mostram claramente como é importante a vivência na célula: se a vida espiritual na comunidade se limitasse às reuniões no Templo, provavelmente esses problemas passariam despercebidos, pois dificilmente essas pessoas encontrariam ambiente e oportunidades para falar de seus problemas particulares. Já nas células, há um envolvimento maior entre os membros, e é impossível você não se comprometer, não se sensibilizar com o drama do outro. Somos corpo, e se uma parte dele etá doente, todo o corpo sofre com isso. Quanto mais cedo esse membro ficar são, melhor será para todo o corpo. 
 

Caminhando para firmar os pactos


Salmo: Salmo 15(14) Leitura =  Mateus 5,3-12


À Igreja que se reúne nas casas, Paz!

Introdução: Querido (a) discípulo (a) de Cristo e membro de célula, amar a Deus e ao próximo, significa comprometer-se com ambos. A célula é mais que uma reunião de amigos, é uma verdadeira escola de vivência cristã. Lugar onde aprendemos a servir a Deus, servindo o próximo, por meio do compromisso uns com outros. Durante algumas reuniões nos dedicamos a conhecer, estudar e vivenciar os “pactos das células”, pontos práticos para o crescimento das células. Os pactos representam o esforço de cada membro celular em crescer no amor cristão, é uma aliança com Deus e com o próximo.
No dia 25 de junho, às 20h, teremos a Grande Célula Especial, como parte dos eventos do III Congresso Católicos em Células. Neste dia faremos publicamente a celebração dos pactos, realizando a leitura  dos pactos em oração, logo após  faremos a entrega das folhas contendo os pactos e devidamente assinado no altar do Senhor. Será um momento de muita bênção! Como preparação a este grande acontecimento, as próximas reuniões celulares que antecedem o Congresso, serão utilizadas para a revisão dos pactos. A folha contendo os pactos deverão ser assinadas nas reuniões e guardadas pelos membros até o dia da Grande Célula, quando todos deverão participar trazendo seu compromisso (pactos). A celebração dos pactos será uma forma de expressar nossa unidade com todo corpo celular, isto é, as células.
Aproveite esse período para aprofundar a vivência nos pactos celulares e partilhar na célula as bênçãos que podemos receber de Deus testemunhando a toda comunidade as maravilhas que a células realiza em nossa vida. Você deve ter guardados os pactos em sua casa, porém, caso necessite de algum estudo do pacto especifico, solicite-o na secretaria celular. As folhas com o termo de compromisso dos pactos celulares, para serem distribuídas aos membros, também  devem ser retiradas na secretaria celular. Prepare-se e também motive os membros de sua célula para vivenciar intensamente este dia!

Série: Uns aos Outros – Ensino IX: Não se queixem uns dos outros





Salmo 141(142) – Leitura: Tiago 5, 9-11

À Igreja que se reúne nas casas, Paz!

Introdução: As circunstâncias difíceis e irritantes podem trazer à tona o melhor que há dentro de um cristão, mas também podem revelar o que há de pior nele. Pode ser que ele suporte com paciência tais circunstâncias, confiante de que Deus fará cooperar todas as coisas para o seu bem. Por outro lado, pode ficar gemendo e resmungando porque alguma coisa desagradável lhe aconteceu. E se acontece que um certo irmão ou irmã está contribuindo para o seu desconforto, ele pode começar a se queixar desse irmão (ã), em todos os seus círculos de amigos. Às vezes, temos a tendência de transferir para os outros o nosso estado emocional de depressão, impaciência ou irritação. A infeliz verdade é esta: muitas vezes, procuramos outros a quem culpar pelas nossas dificuldades, ou ficamos a nos imaginar explorados pelo egoísmo dos outros. Passamos a abrir a boca em conversa com os amigos, nos queixando-nos, murmurando e gemendo, a respeito do desgosto que este ou aquele nos causou.
O apóstolo Tiago vendo que, na comunidade cristã havia muitos irmãos se queixando uns dos outros disse: “ Irmãos, não se queixem uns dos outros; para não serem julgados por Deus” (Tiago 5,9)
O que significa queixar-se de um irmão (ã)?
Expressar descontentamento, impaciência, mágoa em relação aos outros, geralmente em conversa reservada. A palavra grega que se traduz queixar-se significa, basicamente, “gemer”, isto é, reclamar, murmurar.
Como podemos viver este mandamento?
1 – Devemos reconhecer que Deus utiliza as situações difíceis e penosas para desenvolver em nós uma fé, uma paciência e uma esperança mais firmes e cheias de fruto (Tiago 1, 2-3).
2 – Nós, cristãos, não devemos em conversa com terceiros acusar os irmãos de ter causado ou intensificado as situações difíceis ou irritantes em que se encontram. Não devemos julgar as motivações ou ações dos nossos irmãos. Se alguém for culpado, devemos deixar que Deus faça o julgamento (Tiago 1,19; 4,12; 5, 10-11)
3 – Ainda que pense ter bastante motivo de queixa, nós cristãos não devemos gemer nossas mágoas aos outros (Provérbios 7,9). Deus só deixa dois caminhos: suportar e perdoar os irmãos (Colossenses 3,13), ou advertir, aconselhá-los (I Tessalonicenses 5,14; Romanos 15,14).
Conclusão: É muito importante para a célula viver este mandamento. As críticas proferidas às escondidas são meios de se semear ressentimentos e brigas dentro da Igreja de Cristo e de suas células. Quando há murmuração, significa que nós cristãos estamos “brincando de Deus”, pois só Deus pode julgar. Os cristãos devem manifestar, em alto grau, o mútuo amor e a unidade. A célula não pode funcionar bem quando os membros estão trabalhando uns contra os outros. Mas quando todos obedecem a este mandamento, a célula fica livre desse tipo de contenda e das incapacitações que ela causa. Assim, o pequeno grupo e a Igreja, podem edificar-se na semelhança de Cristo.
Perguntas
1) O que fazer para acabar com as queixas presentes em nossa célula? (se é que elas existem)
2) Quando houver motivos para queixas contra alguém da célula, o que se deve fazer?
3) Falta menos de um mês para o III Congresso Católicos em Células. Você já se inscreveu para participar? Se não, o que está dificultando sua participação?

Série: Uns aos Outros – Ensino VIII: Deixem de julgar uns aos outros






Salmo: 25 (24) Leitura: Romanos 14,12-13;Mateus 7,1-5

À Igreja que se reúne nas casas, Paz!

Introdução: O inimigo, querendo a todo custo prejudicar o amor mútuo e a unidade da célula e da Igreja em geral, encontrou uma infalível estratégia: é só convencê-los de que devem estar julgando uns aos outros. O mandamento para o estudo da célula, que deve ser transformado em vivência cristã nos diz: “Por isso, paremos de criticar uns aos outros”.
Um ambiente celular, onde as pessoas pensam que sua opinião e a sua maneira de fazer as coisas é a melhor e ninguém pode pensar ou agir diferente, e por isso mesmo, carregado de críticas, murmurações, é como um ar poluído, ficando difícil, ou até mesmo impossível, respirar.
O que significa criticar ou julgar os outros?
Julgarmos uns aos outros significa tomarmos por certo que a nossa ideia a respeito de uma prática duvidosa, ou questão doutrinária e litúrgica é a única admissível. Ao assim fazer, criticamos e condenamos a qualquer irmão que não esteja compactuando e concordando com a nossa ideia. É lógico que todos devemos concordar no que diz respeito à verdade de Cristo e à doutrina católica.
Como podemos viver este mandamento?
1 – Há certos aspectos de costumes e padrões de conduta que a Escritura e o magistério católico, não especificam, mas deixam a critério da consciência individual do cristão (veja Romanos 14,2-4a). À respeito de tais coisas (as duvidosas e secundarias) não temos o direito de exigir a conformidade. Portanto, não devemos julgar, criticar ou condenar. Por exemplo, quem opta por uma espiritualidade específica, ou seja, um jeito próprio de orar e se relacionar com Deus. No essencial, unidade; no secundário, liberdade.
2 – Os cristãos não devem exigir dos irmãos aquilo que a própria Bíblia não tenha ordenado. Assim fazendo, estariam julgando a própria Escritura Sagrada.
3 – Embora certas coisas sejam deixadas ao critério individual, cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente (Romanos 14,5b). Quando um cristão tem a convicção de que sua maneira de entender e agir é certa, ele deve agir de acordo com essa convicção. Mas nem por isso deve acusar de pecado ao irmão que tenha outra convicção, nem deve menosprezar ou desprezá-lo (Romanos 14,3). A consciência do cristão deve ser formada pela Palavra de Deus; para que ele tenha certeza de estar agindo bem.
4 – Em última análise, é a Deus que cada irmão terá de prestar contas, pelo que fez e pelo que pensa. Não somos juízes de ninguém (Romanos 14,4; 6,10; I Coríntios 4,3-4).
5 – Não somente devemos evitar julgar os irmãos a respeito de coisas secundárias, como também devemos aceitá-los e suportá-los de maneira generosa, como tendo igual direito à liberdade que há em Cristo (Romanos 15,7;Colossenses 3,13).
Conclusão: O mandamento de não julgar ou criticar é essencial para a unidade da célula e toda a Igreja. O irmão que, na célula, só faz críticas ou agudos julgamentos a todos e a tudo que não gosta, não concorda ou não entende, atrapalha o crescimento e amadurecimento dos relacionamentos na célula. Quando os cristãos, membros de células, ficam julgando uns aos outros, surgem divisões, contendas, amargura, mágoas, orgulho e maledicência. Tais coisas destroem a harmonia que deve caracterizar a célula. Quando, porém, os irmãos evitam críticas e julgamentos e fazem a correção cristã, quando necessário, a célula cresce como comunidade e testemunha o amor de Cristo ao mundo.
Perguntas
1) O que fazer para que nossa célula fique livre de julgamentos e críticas destrutivas?
2) Como posso me comprometer mais com minha célula?

Série: Uns aos Outros – Ensino VII: Não tenham inveja uns dos outros

Home » Estudo nas células, Estudo para a semana » Não tenham inveja uns dos outros

Não tenham inveja uns dos outros


elcio | 7 junho, 2011



Salmo= 56(55) Leitura = Gálatas 5,25-26

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!

Introdução: O mandamento de hoje diz: “Nós não devemos ter inveja uns dos outros”. A inveja é um pecado silencioso, capaz de se esconder totalmente dos olhos da maior parte dos observadores. Mas todos sabem que um veneno não precisa fazer barulho para ser fatal. A inveja é tão destrutiva, que se assemelha a um câncer no Corpo de Cristo, a Igreja.
Os cristãos da Galácia estavam ressentidos porque alguns eram mais reconhecidos e outros, possuíam mais autoridade na Igreja.
Invejar ao irmão(ã) é desejar para si mesmo a posição, as habilidades, realizações ou possessões dele(a); sentindo ao mesmo tempo, tristeza ou ressentimento por ser ele(a) o possuidor(a) dessas coisas. A inveja é terrível, pois pode nos corroer por dentro.
O que o sentimento de inveja causa?
1 – Descontentamento e ingratidão para com Deus, pois podemos pensar que Deus foi e é injusto conosco, não nos abençoando, como abençoou os outros;
2 – Orgulho e vaidade: O orgulhoso se manifesta quando se lamenta: “Eu mereço algo, e me sinto revoltado, porque esse algo melhor está nas mãos de fulano”. Existe uma discreta maneira de mostrar inveja , quando alguém diz: “ Fulano só faz o que faz para aparecer”. O apóstolo Paulo alerta: “Eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos…” (Romanos 12,3)
3 – Pode ser que alguém, por inveja, decida “entrar em greve”, isto é, recusar-se a atuar e servir, pois acha que não está sendo valorizado(a) como merecia.
4 – Longe de invejar aquele(a) irmão(ã) que tem boas qualidades e dons maravilhosos, o cristão deveria agradecer a Deus, por ter dado a ele(a) na célula um(a) companheiro(a) tão bem preparado(a) e capaz. “Se uma parte do corpo sofre, todos os outros sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela” (I Coríntios 12,26)
5 – Quando cristãos e membros de células se põem a invejar uns aos outros, lançam no corpo as sementes da guerra e da contenda (Tiago 4,1-3). Pensam e agem em benefício próprio, e não em nome do Senhor e para o bem da Sua Igreja. Deixam de ser amorosos e solícitos uns pelos outros. Mas afetados pelo insidioso veneno da inveja, esses cristãos são emocionalmente enfraquecidos. Sentem dor e não alegria, quando ouvem dizer que coisas boas acontecem aos outros.
Conclusão: A obediência a esse mandamento é essencial para que os membros cooperem com igual cuidado uns em favor dos outros e sirvam aos outros em amor, contentes com a posição e a tarefa que cada um recebeu do Senhor.
Perguntas:
1) O que fazer para que a inveja não nos envenene?
2) Como podemos reconhecer e valorizar os membros da célula?

Série: Uns aos Outros – Ensino VI - Suportem-se uns aos outros






Salmo: 78, 38-39 Leitura = Efésios 4,1-3

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!

Introdução: O mandamento do amor, para nós, parece bastante exigente: suportar os outros. Suportar quer dizer: tolerar generosamente as atitudes e ações desagradáveis ou ofensivas dos irmãos. Suportar ainda nos dá a idéia que, a justa repreensão, disciplina ou correções por atitudes e ações pecaminosas será adiada pelo maior prazo possível, na esperança de que o próprio ofensor reconheça o mal que praticou e tome providências para corrigi-lo. Às vezes, a espera pode demorar bastante, é preciso ter muita paciência e esperança.
O próprio Deus nos dá o exemplo. Ele nunca manda fazer nada que Ele próprio não esteja disposto a fazer. A paciência de Deus tem sido uma das grandes maneiras de expressar amor ao mundo. O Salmo 78, fala que somente depois de muito tempo e de muitas advertências é que Deus passou a castigar a nação de Israel. A Sagrada Escritura também nos fala da paciência de Deus no Novo Testamento: Romanos 2,4; II Pedro 3,9; Colossenses 3,12-14; Tiago 1,19.
Qual nossa atitude em querer suportar os irmãos?
Querer obedecer ao mandamento sem resmungar, contrariados, fazendo-o por constrangimento. Pelo contrário, devemos fazê-lo motivados pelo amor, querendo contribuir ativamente para o maior bem estar de cada irmão.
Qual o bem que o mandamento de suportar traz à célula?
Suportarmo-nos uns aos outros é uma maneira de preservarmos a unidade do Espírito e a paz entre os irmãos. Se os cristãos forem propensos a criticar uns aos outros, apontando hábitos indesejáveis, os defeitos de personalidades, os pecados, o temperamento difícil de alguns, o resultado poderá ser um ambiente enfumaçado por críticas e condenações – situação pouco acolhedora! Principalmente com os novos que estão chegando à célula e logo percebem o ambiente tenso e as alfinetadas durante a partilha na reunião celular. Quando os cristãos são impacientes uns com os outros, as sementes da discórdia germinam.
Por outro lado, se os irmãos cobrirem os pecados uns dos outros (no sentido de tolerância, não de omissão), em vez de atacá-lo com as picaretas da crítica afim de expor à vista de todos, os pacificadores estarão contribuindo para a formação de um ambiente de amor (veja I Pedro 4,8).
No entanto devemos lembrar que o próprio Deus não tolerou para sempre a desobediência de Israel. Depois de ter persistido por muito tempo no pecado, desprezando as muitas advertências, aquela nação recebeu um castigo exemplar. Se é vontade de Deus que sejamos tolerantes com os defeitos e pecados dos outros para que venham, por si mesmos, corrigi-los;também é verdade que poderá chegar o momento em que precisaremos adverti-lo a respeito do seu pecado (pode até mesmo, se não houver correção, excluir da célula). Com Deus não se brinca!
O cristão terá de se manter sensível e obediente à direção do Espírito Santo, para não incorrer no erro de excesso de tolerância. Tal excesso seria prejudicial à vida e à saúde espiritual da Igreja e da célula (veja I Cor 5).
Conclusão: Se os cristãos na célula se tornarem mais dispostos a procurar meios de ajudar os irmãos e irmãs a crescer na semelhança a Cristo, sendo tolerantes uns com outros, criarão uma ambiente de amor e, com certeza, os cristãos sentirão mais vontade de confessar e abandonar qualquer coisa que venha a ofender os irmãos.
Perguntas
1) De que forma devemos ser tolerantes uns com os outros na célula?
2) Você é um pessoa paciente e tolerante, se não, o que fazer para sê-lo?
3) Você já se inscreveu para o III CCC? Lembre-se de que, o Congresso é para todos: líderes e membros (se ainda não o fez, faça-o imediatamente). O III CCC visa nosso crescimento pessoal e celular.

Série: Uns aos Outros – Ensino V: Sujeitem-se uns aos outros






À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!

Introdução: O mandamento de amor de hoje diz: “Sujeitem-se uns aos outros por temor a Cristo. (Efésios 5,21). Sujeitar-se ou obedecer é uma palavra que não é bem recebida por muitos, pois evoca ficar a mercê dos caprichos e da vontade de outros. Sujeitar-se, no sentido cristão, significa reconhecer a autoridade que alguns tem em Cristo, sobre os demais. A submissão é oferecida livre e espontaneamente. É uma atitude que a pessoa se impõe a si mesma, não por mera obrigação, mas por humildade e desejo de cooperar com o bem de todas as coisas. É uma expressão de amor, que não procura seus interesses (I Coríntios 13,5), antes procura servir ao próximo (Gálatas 5,13; I Pedro 2,16-17). Esse mandamento é bastante exigente, pois pede que morramos para nós mesmos. E nem todos estão dispostos a isso. Com certeza todos já ouvimos frases como estas:
- “Não concordo com as orientações que o padre dá para as células, faço de conta que obedeço e faço as coisas do meu jeito”.
- “Não gostei do que o líder de rede falou na reunião, quem sabe da minha célula sou eu”.
- “Para que consultar o líder de área para multiplicar a minha célula, eu multiplico e acabou”.
- “Os membros do grupo querem que eu apareça toda semana? Onde já se viu limitar a liberdade pessoal da gente”.
- “Eu faço a célula como eu quero, não tenho que ficar preso às regrinhas dadas pelo padre”.
- “Estou chateado(a) com o pessoal da Igreja, vou parar de dar o dízimo, até que eles aprendam a fazer as coisas de um jeito que me agrade”.
- “Não vou multiplicar minha célula. Para que? Se está tudo bem”.
- “Não vou entrar numa célula só porque o padre quer, não gosto, não quero e acabou”.
O mandamento diz: “Sejam obedientes uns aos outros, pelo respeito que têm por Cristo” (Efésios 5,21). O próprio Jesus deu o exemplo: “Então Jesus voltou com seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles…” (Lucas 2,51).
O mandamento de amor de hoje apresenta três importantes verdades:
1 – A submissão para com os irmãos é sinal que o cristão(ã) está sobre o controle do Espírito Santo. Quem é rebelde está sendo governado(a) pelo espírito de rebeldia, que tem como pai, Satanás;
2 – Tal submissão é para ser oferecida por temor a Cristo. Isso significa que devemos nos submeter aos irmãos e líderes, com a mesma sinceridade de coração com que nos sujeitamos a Jesus. A submissão é com o Senhor (Efésios 5, 22). Portanto nenhum irmão deve abusar da vontade que o outro tem de se submeter a ele (Efésios 6,5-6; I Pedro 5,1-5);
3 – A submissão a qualquer pessoa deverá ser governada pela nossa submissão a Deus. Não podemos deixar de nos submeter às instruções e aos desejos de Deus, revelados em sua Palavra. Não podemos obedecer alguém que nos peça para desobedecermos a Deus e a sua Palavra.
Conclusão: Quando um cristão se submete aos outros cristãos quer nos casos ligados a vida geral da Igreja, quer nos relacionamentos do pequeno grupo – o problema das contendas e do descontentamento tende a desaparecer. Todos se empolgam como mesmo propósito, são unidos de Espírito e cheios de amor fraternal.

Perguntas

1– Sua células é submissa à liderança do sistema celular (padre, coordenadores(a) de rede, supervisores(a) de área, e ao próprio(a) líder da célula?
2– O que leva uma pessoa a questionar tudo e ser insubmissa?
3– Como viver o mandamento: “Sejam obedientes uns aos outros, pelo respeito que tem por Cristo”?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tenham igual cuidado uns pelos outros


O amor é a Essência de Deus! E onde há Amor, não há temor, pois o Amor lança fora o temor. Temos aprendido nessa jornada de exercício cristão que o cuidado uns pelos outros é de fundamental importância para a vida da comunidade eclesial. Quantos irmãos acabam se afastando da Igreja porque nhão encontraram na comunidade quem os considerasse importantes. 

Um simples telefonema no dia do aniversário pode significar muito para alguém que se sente só, sem amigos. O ambiente celular providencia esse convívio salutar de irmãos na fé, e permite que afetos mútuos se desenvolvam. Costumo afirmar que a grande assembléia de irmãos que se reúnem no templo para orar e celebrar a eucaristia muitas vezes não oferece espaço para o desenvolvimento de relações fortes e sinceras de amizade. Mas, no ambiente celular, pela proximidade e intimidade que permite, essas relações  e laços de amizade são fortalecidos. E no ambiente celular, que recria o ambiente familiar, podemos vivenciar o amor fraterno na sua máxima dimensão.


Relembremos as palavras do nosso querido Beato João Paulo II: 
 "A família está convocada a ser templo, ou seja, casa de oração: uma oração singela, cheia de esforço e ternura.
Uma oração que se faz vida, para que toda a vida se converta em oração. “


Texto Base para o Estudo nas Células:

Série: Uns aos Outros – Ensino IV: Tenham igual cuidado uns pelos outrosSalmo: 24(23) Leitura: I Coríntios 12,12-27
À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!

Introdução: Estamos aprendendo que a célula não é apenas um pequeno grupo, que se reúne nas casas, mas uma comunidade cristã, onde seus membros apreendem a amar, tendo como medida o amor de Cristo.
O mandamento bíblico nos diz: “… todas as suas partes tem o mesmo interesse umas pelas outras” (I Coríntios 12,25). O apóstolo Paulo orienta os cristãos de Corinto, que estavam supervalorizando alguns dons e algumas pessoas, que exerciam esses dons, e desprezando outros dons e seus usuários, a terem cuidado igual uns pelos outros.
Interesse quer dizer valorizar os outros, demonstrar interesse pelo bem estar e pelos dons espirituais de cada membro de célula, reconhecendo e aceitando plenamente o chamado e a posição que cada irmão (ã) recebeu de Deus para abençoar e servir o Corpo de Cristo (Igreja – Célula). Às vezes (e muitas vezes) existe um cuidado e uma valorização desigual na Igreja e nas células em relação aos seus membros. Quase sempre uma célula terá certos componentes que são humildes e normais, porém não muito talentosos. Estes podem ser meramente tolerados; ao passo que outros, por causa de seus dons, sua profissão, suas posses, ou seu destaque na Igreja e na sociedade, são honrados. Por conseguinte, uma comunidade em células, pode conter certos números de irmãos (ãs) menosprezados e ignorados, e ao mesmo tempo, um grupinho que se coloca diante dos outros, devido aos seus muitos dons, em atitude de arrogância. Certos membros podem receber muita atenção; outros, são invisíveis. É para curar esse tipo de doença espiritual que existe o mandamento: Tenham igual cuidado uns pelos outros.
Como podemos viver, enquanto célula e pessoalmente, este mandamento:
1 – Não deve haver arrogância ou orgulho da parte dos membros cujos dons e ministérios sejam mais corriqueiros e menos aparentes (não menos importantes) (conforme I Coríntios 12,21);
2 – Não deve haver inveja ou ciúmes por parte daqueles membros cujos dons e ministérios sejam mais corriqueiros e menos aparentes (não menos importantes) (conforme I Coríntios 13,4; 12,15-6);
3 – Os membros da célula devem valorizar e incentivar uns aos outros. O líder da célula deve dar o exemplo e ser o primeiro a honrar a todos os componentes do grupo;
4 – Todos os membros da célula (não somente os líderes) devem cuidar uns dos outros, para que ninguém se sinta menosprezado. Não fique esperando que os outros o façam e também não critique os demais membros da célula porque ninguém o fez, faça a sua parte (conforme I Coríntios 12,26; Romanos 12,15);
5 – Todo membro, reconhecendo que seu dom e o seu ministério são importantes para o bem estar da célula, deve exercer seu dom com alegria e em espírito de serviço. A célula não tem lugar para quem quer ser eternamente espectador e não servidor. No Reino de Deus, todos são chamados a servir e não somente a se servir dos outros e dos dons destes. Quem não serve ou não quer servir, não entendeu o verdadeiro amor de Cristo.
Conclusão: Quando toda célula é igualmente solícita em favor de todos os outros, a unidade do grupo é preservada e aumenta, porque o grupo evita as divisões partidárias. Rivalidade, orgulho, inveja, autossuficiência são refreados. A célula apresenta aos outros de fora, um testemunho de amor e harmonia. Muitos poderão reconhecer esses cristãos como sendo verdadeiros discípulos de Jesus.
Perguntas:
1 – Você se sente cuidado (a) pelos membros da sua célula? (não faça críticas amargas)
2 – Você cuida dos membros da sua célula?
3 – Você já descobriu seu dom e seu serviço em favor da sua célula e da Igreja?

domingo, 10 de abril de 2011

Reunião do dia 04/04/2011 - Ensino 3: Saúdem-se uns aos outros

A saudação entre irmãos é algo fundamental para a manutenção do bom relacionamento dentro de uma comunidade cristã. Não é à toa que o apóstolo Paulo exortava, em suas cartas, aos irmãos das igrejas que ele acompanhava, que dedicassem tempo e cuidado à saudação aos irmãos na fé. Essa saudação não é apenas um gesto exterior visível, mas uma prática sincera e verdadeira de manifestação do amor que deve haver entre irmãos que comungam a mesma fé, o mesmo pão, os mesmos sentimentos.


Quando Maria entrou na casa de Zacarias, ela foi saudada por Isabel, sua prima, que também estava grávida. Essa saudação é muito importante para a história da salvação. Sem conhecer Jesus, Isabel deu testemunho de sua encarnação e fez uma das mais belas profissões de fé: "...que honra é para mim que a Mãe do meu Senhor venha me visitar?" Sem dúvida, uma das mais belas passagens bíblicas, que mostra o amor que as unia e a grande consideração que Isabel tinha por Maria. Por sua vez, Maria, dispondo-se a viajar longa distância para ficar 3 meses com Isabel, a fim de ajudá-la no final de sua gravidez, mostra o quanto Isabel significava para Maria. Assim, Maria retribui a saudação de Isabel proclamando um Hino maravilhoso, o Magnificat, quando resume toda a história da salvação: "...o Senhor fez em mim maravilhas, grande é seu Nome..."

Saudar os irmãos é mais que um mero cumprimento ou hábito: é a manifestação do próprio Deus que habita em nós, através do seu Santo Espírito, que que externar todo o amor que há em nós. É quando nossa alma ..."exulta de alegria em Deus meu salvador...". Essa exaltação se faz exteriormente na forma de um gesto simples, um aceno de mão, um abraço, um beijo fraterno.

Em nossa célula todos se saúdam com alegria e entusiasmo, e nossas manifestações são alegres e sinceras. Todos procuram viver a prática da saudação a todos, indistintamente, como forma de evangelização. Saudar, acolher e amar são atitudes que revelam a presença de Cristo na comunidade. Que possamos, como o Papa João Paulo II, estar de braços abertos para saudar e acolher a todos, independente de sua condição social, raça ou cor.

Texto base para o estudo das Células
Série: “Uns aos Outros” - Ensino III: Saúdem-se uns aos outrosSalmo: Salmo 99 (98) Leituras: Rom 16,16; I Cor 16,20b; II Cor 13,12; I Pe 5,14
À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!

Introdução: Um dia você encontra um(a) irmão (ã) de célula enquanto caminha pela rua e deseja cumprimentá-lo(a) de maneira afetuosa. Então você pensa: “Nossa, como é bom encontrar com um(a) companheiro(a) de célula!” Você o(a) cumprimenta, mas ele(a) não responde ao seu animado cumprimento. Você pensa: “O que aconteceu, por que ele(a) não respondeu à minha saudação? Ficou surdo? Está preocupado(a) com algum problema? É orgulhoso(a)? Não gosta de mim?” Seja qual for a verdadeira razão, você ficou magoado (a) e aquela pessoa acaba de lançar uma sementinha de irritação e discórdia no seu coração. Por isso, o mandamento da Palavra de Deus é: “Cumprimentem uns aos outros com um beijo de irmão” (I Coríntios 16,20). Paulo sempre fazia questão de mandar saudações da Igreja onde ele estava para a Igreja a quem se destinava suas cartas - I Coríntios 16,19-20; Romanos 16,22; Atos 21,7.
Jesus reclamou que não foi saudado pelo seu anfitrião: “Você não me beijou quando eu cheguei; ela, porém, não pára de beijar meus pés, desde que entrei.” (Lucas 7,45). O beijo que aparece nestes textos tem um sentido cultural no Oriente, um aperto de mão, um abraço ou um gesto semelhante tem o mesmo sentido. Os costumes variam de um lugar para outro; mas o princípio que não muda é o seguinte: os cristãos devem valorizar a presença uns dos outros, como presença do próprio Senhor.

Como vivermos o mandamento da saudação em Cristo:1 - Devem ser pessoais e havendo possibilidades individuais (III João 1,15).
2 - Devem ser oferecidas com imparcialidade (I Coríntios 1,2-3). Não devemos saudar somente as pessoas que nos são simpáticas.
3 - Comunicarmos, quando viável, reconhecimento e apreço pelo trabalho que a pessoa faz (Romanos 16,12).
Existe alguém que eu não devo cumprimentar?
A Bíblia diz que sim. A saudação deve ser negada às pessoas, que se dizendo irmãos, estejam ensinando doutrinas contrárias a fé no Evangelho (conforme II João 1,9-11), pois quem os saúda torna-se participante das suas obras malignas.
Em que sentido o mandamento de saudar sinceramente a todos melhora o relacionamento entre os(as) irmãos(ãs) da célula?
O valor deste mandamento é grande para ajudar a se criar um ambiente de amor e afeto entre os irmãos. Praticando-o de maneira constante e coerente, a célula e toda paróquia ficará mais unida e ganhará maior ânimo para expressar de muitas maneiras o seu mútuo amor em Cristo.

Perguntas:1 - A sua célula é afetuosa, todos se saúdam? Se sim, o que isto faz a todos ? Se não, por que isto acontece? (não faça acusações ou julgamentos)
2 - Tenho o hábito de saudar a todos? Se não o faço, como posso mudar minha
atitude?

sábado, 2 de abril de 2011

Reunião de 28/03/2011 - Ensino 2: "Aceitem-se uns aos outros"


O tema de hoje:  " Aceitem-se uns aos outros", é o 2º de uma série de 25 ensinos denominados "Uns aos Outros”, com os quais faremos um aprofundamento sobre relacionamento cristão.

A base do cristianismo é o Amor, e o Amor só pode ser vivido em sua plenitude a partir da aceitação, uns pelos outros. Aceitar alguém significa respeitar seu modo de pensar, acolher com amor, ouvir, fazê-la sentir-se bem, fazer com que se sinta participante da comunidade.

Jesus nos deu muitos exemplos de aceitação, numa sociedade preconceituosa e intolerante: Jesus aceitou e acolheu a pecadora, devolvendo a ela a dignidade que já não existia; aceitou as crianças e as acolheu, exortando seus discípulos a serem como crianças, para merecerem o Reino dos Céus; aceitou e acolheu os leprosos, tocando-os e curando-os, quando a Lei o impedia; acolheu os cobradores de impostos, desprezados pelo povo; acolheu as prostitutas e os ladrões, quando ninguém mais os queria aceitar.

Jesus aceitou os pobres e os ricos, os importantes e os sem importância, os sábios e os sem conhecimento, não fez acepção de pessoas. Entre seus seguidores, aqueles que foram aceitos e acolhidos por Jesus, havia todo tipo de pessoas. O Reino de Deus era para todos, judeus e gentios, escravos e livres, ricos e pobres.

A todos ele acolheu e não desprezou, mas com seu Amor, conquistou para si os seus corações.

Nós refletimos sobre o tema e tentamos responder às perguntas:  
1) A célula deve examinar se existe alguma dificuldade de aceitar alguém?
    Por enquanto, não tivemos problemas em aceitar pessoas na célula.
O que fazer para acolher bem as pessoas na comunidade celular?
    Escutar mais do que falar, deixar que se sintam à vontade para expor suas idéias e sentimentos. Fazer com s sintam dentro do grupo, e não apenas expectadores.
2) Que tipos de pessoas seriam difíceis de acolher na célula?
    Pessoas rebeldes, que só sabem criticar a Igreja e não querem ouvir a Verdade do Evangelho, que são "convencidas" de outra verdade que não seja a nossa.
3) Que tipos de pessoas realmente não deveriam participar da célula?
 Pessoas que não comungam da mesma fé que nós, e que não aceitam que Jesus é o Senhor, nosso único Salvador. Aceitar Jesus como Senhor é condição para participar da comunidade cristã, e a célula está inserida sa Igreja, Comunidade de fiéis. Isso não significa que devemos desprezar e repudiar tais pessoas, mas apenas que não devamos aceitá-las na Célula. A não ser que se convertam e aceitem Jesus como Senhor e Salvador, não devem participar das reuniões da célula.
4) Você se sente bem aceito na paróquia e na célula?
Todos os membros de nossa célula se sentem aceitos, acolhidos e plenamente participantes da comunidade eclesial, tendo na célula sua referência mais próxima.          

Base de estudo: Ensino II: Aceitem-se uns aos outros
Salmo: Salmo 67 (66) Leitura: Romanos 15,7

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!
Introdução: Na Igreja dos primeiros tempos do Cristianismo havia muita diversidade de etnias, formações religiosas e de classes sociais. Ali, na mesma Igreja, se encontravam judeus, romanos, bárbaros, gregos, escravos e livres, ricos e pobres. Haviam divergentes pontos de vista sobre a vida e diferentes escalas de valores.


Em meio a tanta diversidade, era inevitável que surgissem problemas. Os cristãos judeus às vezes desprezavam os cristãos vindos de outros povos. Alguns cristãos eram mais avançados na vida cristã e outros menos. Por essas e por outras razões, surgiram tensões entre eles. Tão fortes eram, às vezes, essas tensões, que os cristãos tinham dificuldade para se aceitarem uns aos outros sem fingimentos e vivessem em paz uns com os outros. Por isso, Paulo ordena aos cristãos em nome de Jesus que aceitem-se uns aos outros, como foram aceitos por Cristo.

O que significa aceitarmo-nos uns aos outros? Significa acolhermos os nossos irmãos em Cristo, livremente, sem constrangimento ou reservas, em pleno reconhecimento da nossa comunhão em Cristo. Aceitar os irmãos, mesmo existindo falhas visíveis na sua conduta, lacunas no seu conhecimento ou compreensão das Escrituras, ou mesmo diferença de opiniões sobre pontos menos essenciais da doutrina. Isto não é o mesmo que aprovar tais falhas. Significa, isso sim, que aceitamos a pessoa como discípula de Cristo e esperamos que o Espírito Santo faça o trabalho nela; e que aceitamos a responsabilidade de ensiná-la a obedecer a tudo que o Senhor Jesus ordenou (Mateus 28,20).

A razão porque os cristãos devem aceitar uns aos outros é que Cristo já os aceitou. Ele morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5,8). É necessário que nós, os cristãos sejamos misericordiosos, assim como Cristo é. Não é razoável que sejamos mais severos e exigentes do que nosso Senhor, rejeitando as pessoas a quem Ele quer receber (Mt 19,13-14). Vez por outra, pode ser que abramos a porta de nossa célula a um falso (a) irmão (ã). Mas a Palavra de Deus não nos autoriza a julgar e rejeitar pessoas que procurem unir-se ao nosso grupo, pelo motivo egoístico de querermos criar uma imagem de “perfeição” na admissão de membros. O mandamento do Senhor da Igreja é claro: Aceitem ao que é fraco na fé. Aceitem-se uns aos outros.

A Bíblia trás exemplos de aceitação e não aceitação:
Aceitação: Filemon 1, 15-17
Não aceitação: III João 1,9-10

Quando não devemos acolher ou aceitar um(a) irmão (a)na célula?
-Quando ensina uma doutrina contrária a fé cristã. - II João 1,10
-Quando o irmão ou irmã torna-se rebelde (logicamente, se houver arrependimento deve ser recebido novamente) - I Cor 5, 11-13

Perguntas
1) A célula deve examinar se existe alguma dificuldade de aceitar alguém?
O que fazer para acolher bem as pessoas na comunidade celular?
2) Que tipos de pessoas seriam difíceis de acolher na célula?
3) Que tipos de pessoas realmente não deveriam participar da célula?
4) Você se sente bem aceito na paróquia e na célula?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Reunião de 21/03/2011 - Estudo 1: Amem-se uns aos outros

Queridos irmãos, Paz e Bem!

O tema de hoje, "Amem-se uns aos outros", é o 1º de uma série de 25 estudos denominados "Uns aos outros".

A reunião foi muito boa, todos compareceram e ainda tivemos a presença de uma visitante, a Nilceia. 

Pedimos a presença do Espírito Santo, para que nos ajudasse na condução do encontro. Todos se manifestaram, e ficou bem claro para nós que não podemos apenas dizer que amamos, mas temos que manifestar o amor...Como dizia São João Bosco: "não basta amar, é preciso demontar o amor". E essa demonstração de amor tem que ser feita por meio de atos concretos.

Após a leitura de 1ª Cor 13, passamos a meditar sobre o item 4...o que Jesus faria?

Nós recordamos o que nós fizemos por alguns membros da Célula Pão da Vida, antes da multiplicação, que estavam passando problemas financeiros, de como nós nos movimentamos para ajudá-los. Foram gestos de amor que fizeram a diferença, quando não tinham com quem contar, a não ser os membros da célula.

Ao final, nós nos comprometemos a praticar pelo menos um dos 10 modos concretos de amar durante esta semana...

Deus os abençoe e lhes dê a sua Paz! 

 

 Roteiro para reunião celular: Salmo 133(132)     João 13,31-35

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!
            Introdução: Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos discípulos. Valeu-se da ocasião para instruir, consolar e preveni-los.
            Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que, em breve, deixaria-os, Jesus contou aos discípulos alguns fatos básicos e mais importantes da vida cristã: a missão do Espírito Santo; a vida futura na casa do Pai; a missão a ser cumprida pelos discípulos; o conflito entre os discípulos e o mundo; o significado da Sua morte. Nessa morte, Ele deu a eles o Seu novo mandamento : “Amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também os outros.” (João 13,34). Esta ordem do Mestre, refletida em quase todos os livros do Novo Testamento é fundamental à vida cristã, é a identidade dos discípulos: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.” (João 13,35).
            Como podemos definir o amor?
            1 – Uma afeição interna, que se demonstra em comportamentos e ações de boa vontade; que procura contribuir unicamente para o bem da pessoa amada
            2 – Não é um sentimento, mas um ato de vontade: “Se eu quero amar, eu posso amar.”
            3 – É algo prático: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.” (I Coríntios 13,4-7). “Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações.” (I João 3,18).
            4 – É possível, pois temos em nós o amor de Deus para compartilharmos: “Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.” (Romanos 5,5).
            Em meus passos o que Jesus faria?
            1 – Ajudar alguém nessa semana (espiritualmente ou materialmente);
            2 – Visitar alguém;
            3 – Orar por alguém que está em grande necessidade;
            4 – Tratar bem as pessoas;
            5 – Falar bem das pessoas;
            6 – Procurar não perder a paciência com as pessoas, principalmente em casa e no trânsito;
            7 – Quem for casado(a), reservar um dia nesta semana para conversar e curtir sua esposa (o);
            8 – Pais, conversarem ou brincarem pelo menos uma hora com seu filho (a) nesta semana;
            9 – Visitar, convidar para uma refeição ou telefonar para um membro da célula;
            10 – Sugira, para sua célula, outros modos concretos de amar.
            Conclusão: Façamos tudo para vivermos concretamente o amor. Não nos esqueçamos que queremos ser e viver como Jesus, que nos amou (e nos ama) até o fim (conforme João 13,1). Ore pedindo a graça de amar como Jesus amou.
 Perguntas
            1) O que você entende praticamente como amor? Quais suas características? Segundo I Coríntios 13,4-7 como podemos praticar o amor?
2) Que testemunho de amor concreto, tenho para contar aos irmãos (ãs) de célula? Estaria disposto (a)   a testemunhar na celebração mensal?

Pe. Luis Fernando