Salmo 141(142) – Leitura: Tiago 5, 9-11
À Igreja que se reúne nas casas, Paz!
Introdução: As circunstâncias difíceis e irritantes podem trazer à tona o melhor que há dentro de um cristão, mas também podem revelar o que há de pior nele. Pode ser que ele suporte com paciência tais circunstâncias, confiante de que Deus fará cooperar todas as coisas para o seu bem. Por outro lado, pode ficar gemendo e resmungando porque alguma coisa desagradável lhe aconteceu. E se acontece que um certo irmão ou irmã está contribuindo para o seu desconforto, ele pode começar a se queixar desse irmão (ã), em todos os seus círculos de amigos. Às vezes, temos a tendência de transferir para os outros o nosso estado emocional de depressão, impaciência ou irritação. A infeliz verdade é esta: muitas vezes, procuramos outros a quem culpar pelas nossas dificuldades, ou ficamos a nos imaginar explorados pelo egoísmo dos outros. Passamos a abrir a boca em conversa com os amigos, nos queixando-nos, murmurando e gemendo, a respeito do desgosto que este ou aquele nos causou.
O apóstolo Tiago vendo que, na comunidade cristã havia muitos irmãos se queixando uns dos outros disse: “ Irmãos, não se queixem uns dos outros; para não serem julgados por Deus” (Tiago 5,9)
O que significa queixar-se de um irmão (ã)?
Expressar descontentamento, impaciência, mágoa em relação aos outros, geralmente em conversa reservada. A palavra grega que se traduz queixar-se significa, basicamente, “gemer”, isto é, reclamar, murmurar.
Como podemos viver este mandamento?
1 – Devemos reconhecer que Deus utiliza as situações difíceis e penosas para desenvolver em nós uma fé, uma paciência e uma esperança mais firmes e cheias de fruto (Tiago 1, 2-3).
2 – Nós, cristãos, não devemos em conversa com terceiros acusar os irmãos de ter causado ou intensificado as situações difíceis ou irritantes em que se encontram. Não devemos julgar as motivações ou ações dos nossos irmãos. Se alguém for culpado, devemos deixar que Deus faça o julgamento (Tiago 1,19; 4,12; 5, 10-11)
3 – Ainda que pense ter bastante motivo de queixa, nós cristãos não devemos gemer nossas mágoas aos outros (Provérbios 7,9). Deus só deixa dois caminhos: suportar e perdoar os irmãos (Colossenses 3,13), ou advertir, aconselhá-los (I Tessalonicenses 5,14; Romanos 15,14).
Conclusão: É muito importante para a célula viver este mandamento. As críticas proferidas às escondidas são meios de se semear ressentimentos e brigas dentro da Igreja de Cristo e de suas células. Quando há murmuração, significa que nós cristãos estamos “brincando de Deus”, pois só Deus pode julgar. Os cristãos devem manifestar, em alto grau, o mútuo amor e a unidade. A célula não pode funcionar bem quando os membros estão trabalhando uns contra os outros. Mas quando todos obedecem a este mandamento, a célula fica livre desse tipo de contenda e das incapacitações que ela causa. Assim, o pequeno grupo e a Igreja, podem edificar-se na semelhança de Cristo.
Perguntas
1) O que fazer para acabar com as queixas presentes em nossa célula? (se é que elas existem)
2) Quando houver motivos para queixas contra alguém da célula, o que se deve fazer?
3) Falta menos de um mês para o III Congresso Católicos em Células. Você já se inscreveu para participar? Se não, o que está dificultando sua participação?
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