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Apresentação

Este é o blog da Célula Essência de Deus, da Paróquia Espírito Santo, em São José dos Campos -SP. Nossas atividades deram início no dia 07/03/2011, a partir da multiplicação da Célula Pão da Vida, ocorrida em 27/02/2011.

Os objetivos deste blog são divulgar a nossa experiência vivida em células, assim como partilhar os testemunhos dos nossos irmãos, que tanto tem edificado suas vidas através da vivência do evangelho e da prática das virtudes cristãs.

Aproveitamos este espaço para divulgar o Evangelho de Cristo no ambiente digital, conforme nos exorta o Papa Bento XVI.

O que são Células na Igreja Católica?
São grupos de pessoas que se reúnem nas casas, a exemplo dos primeiros cristãos, conforme o relato dos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47 ). São pequenos grupos, de 12 pessoas, no máximo, que tem como objetivo uma nova estratégia de evangelização. Do ponto de vista funcional, crescem e se multiplicam como células vivas. As células pertencem ao Corpo de Cristo, que é a Igreja, e devem estar ligadas a uma paróquia, sob a orientação e supervisão de um sacerdote.

A célula não é um grupo fechado de cristãos, criado só para algumas pessoas da Igreja: ela é uma pequena comunidade cristã que tem a multiplicação do corpo de Cristo como objetivo. E embora tenha reuniões, não se limita a elas. Célula não é só um dia por semana, mas uma comunidade viva, em ação, onde os membros são comprometidos uns com os outros, dentro e fora das reuniões. Também não são grupos paralelos à estrutura do corpo eclesial (a comunidade maior), mas são justamente a base vivificante deste corpo.

Fonte: site http://www.comunidadefanuel.com/catolicos/

quarta-feira, 23 de março de 2011

Reunião de 21/03/2011 - Estudo 1: Amem-se uns aos outros

Queridos irmãos, Paz e Bem!

O tema de hoje, "Amem-se uns aos outros", é o 1º de uma série de 25 estudos denominados "Uns aos outros".

A reunião foi muito boa, todos compareceram e ainda tivemos a presença de uma visitante, a Nilceia. 

Pedimos a presença do Espírito Santo, para que nos ajudasse na condução do encontro. Todos se manifestaram, e ficou bem claro para nós que não podemos apenas dizer que amamos, mas temos que manifestar o amor...Como dizia São João Bosco: "não basta amar, é preciso demontar o amor". E essa demonstração de amor tem que ser feita por meio de atos concretos.

Após a leitura de 1ª Cor 13, passamos a meditar sobre o item 4...o que Jesus faria?

Nós recordamos o que nós fizemos por alguns membros da Célula Pão da Vida, antes da multiplicação, que estavam passando problemas financeiros, de como nós nos movimentamos para ajudá-los. Foram gestos de amor que fizeram a diferença, quando não tinham com quem contar, a não ser os membros da célula.

Ao final, nós nos comprometemos a praticar pelo menos um dos 10 modos concretos de amar durante esta semana...

Deus os abençoe e lhes dê a sua Paz! 

 

 Roteiro para reunião celular: Salmo 133(132)     João 13,31-35

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!
            Introdução: Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos discípulos. Valeu-se da ocasião para instruir, consolar e preveni-los.
            Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que, em breve, deixaria-os, Jesus contou aos discípulos alguns fatos básicos e mais importantes da vida cristã: a missão do Espírito Santo; a vida futura na casa do Pai; a missão a ser cumprida pelos discípulos; o conflito entre os discípulos e o mundo; o significado da Sua morte. Nessa morte, Ele deu a eles o Seu novo mandamento : “Amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também os outros.” (João 13,34). Esta ordem do Mestre, refletida em quase todos os livros do Novo Testamento é fundamental à vida cristã, é a identidade dos discípulos: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.” (João 13,35).
            Como podemos definir o amor?
            1 – Uma afeição interna, que se demonstra em comportamentos e ações de boa vontade; que procura contribuir unicamente para o bem da pessoa amada
            2 – Não é um sentimento, mas um ato de vontade: “Se eu quero amar, eu posso amar.”
            3 – É algo prático: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.” (I Coríntios 13,4-7). “Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações.” (I João 3,18).
            4 – É possível, pois temos em nós o amor de Deus para compartilharmos: “Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.” (Romanos 5,5).
            Em meus passos o que Jesus faria?
            1 – Ajudar alguém nessa semana (espiritualmente ou materialmente);
            2 – Visitar alguém;
            3 – Orar por alguém que está em grande necessidade;
            4 – Tratar bem as pessoas;
            5 – Falar bem das pessoas;
            6 – Procurar não perder a paciência com as pessoas, principalmente em casa e no trânsito;
            7 – Quem for casado(a), reservar um dia nesta semana para conversar e curtir sua esposa (o);
            8 – Pais, conversarem ou brincarem pelo menos uma hora com seu filho (a) nesta semana;
            9 – Visitar, convidar para uma refeição ou telefonar para um membro da célula;
            10 – Sugira, para sua célula, outros modos concretos de amar.
            Conclusão: Façamos tudo para vivermos concretamente o amor. Não nos esqueçamos que queremos ser e viver como Jesus, que nos amou (e nos ama) até o fim (conforme João 13,1). Ore pedindo a graça de amar como Jesus amou.
 Perguntas
            1) O que você entende praticamente como amor? Quais suas características? Segundo I Coríntios 13,4-7 como podemos praticar o amor?
2) Que testemunho de amor concreto, tenho para contar aos irmãos (ãs) de célula? Estaria disposto (a)   a testemunhar na celebração mensal?

Pe. Luis Fernando
          

quarta-feira, 16 de março de 2011

Reunião de 14/03/2011: “Célula: Comunidade Cristã no Lar”


Nossa segunda reunião, desde que ocorreu a multiplicação, foi uma bênção, como de constume! Todos se manifestaram, e chegamos à conclusão de que estamos procurando viver uma verdadeira comunidade de amor, praticando os 25 pontos mencionados no texto abaixo. Acreditamos que a vivência do amor fraterno é possível quando as pessoas se conhecem bem e criam laços, e esses laços devem se estender além dos limites das reuniões semanais. Lembramos como é bom quando encontramos nossos irmãos na igreja, no meio da multidão! É como se enxegássemos a luz de um farol na escuridão da noite, uma referência entre tantos irmãos anônimos. 
Mesmo com pouco tempo de existência, nossos membros já tem bastante contato uns com os outros, desde o tempo da Célula Pão da Vida, e temos vários testemunhos de como Deus tem agido em nossas vidas pelo seu poder, seu amor e sua graça. Ao orarmos uns pelos outros, nossa comunhão e nossa intimidade parecem aumentar, à medida que nossa responsabilidade uns pelos outros também aumenta. Preocupar-se com o outro é comprometer-se na doação do seu tempo, seus bens, seu amor. Tudo é fruto do quanto você se envolve.
É isso: no amor não se pode ter medo de correr riscos. Se você não se envolve totalmente, não corre riscos. No amor não existe isso: ou você se envolve e está sujeito às consequências do amor, ou não é amor...pode ter outro nome: interesse, cobiça...Mas não amor! O amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta..."No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; ... e o que teme não é perfeito no amor. 1 João 4:18
Peçamos a Deus a graça de poder amar sem medidas, incondicionalmente, pois o amor vem de Deus e se amamos, Deus se manifesta em nós e em nós permanece, lançando fora toda espécie de mal! Pois "Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre uma multidão de pecados {Pr 10,12}. 1 Pedro 4:8
Ao final do encontro, nós nos colocamos à disposição do Espírito Santo para que ele nos faça crescer em amor, juntamente com nossa célula. "...E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação." At 2,47
Fiquem na Paz do Senhor Jesus!


ROTEIRO PARA A REUNIÃO DA CÉLULA 
leituras Bíblicas: Salmo: 15 (14)     Atos 2,24-47 

À Igreja que se reúne nas casas, Graça e Paz!
O maior objetivo da nossa visão celular (células) é criar verdadeiras comunidades cristãs nos lares, onde o mandamento de amar uns aos outros seja uma realidade. Afinal, não seremos conhecidos como discípulos e discípulas de Jesus por participarmos de uma célula, mas se nos amarmos mutuamente como disse Jesus: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13,35). “Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em Ti. Que eles estejam em nós, para que o mundo creia queTtu me enviaste”. (João 17,21).

Destas afirmações do Nosso Senhor, tiramos a seguinte conclusão: se determinada célula é desprovida de um amor sincero, prático e visível, ela não é demonstração que atrai, nem ponte que conduz pessoas a Jesus. Pelo contrário, ela constitui barreira entre Jesus e as pessoas que Ele quer salvar.


Com essa série de estudos celulares denominadas “Uns aos outros” iniciamos uma nova fase em nossa vida celular, a fase da “Célula, Comunidade de Amor”. Os temas a serem desenvolvidos são mandamentos bíblicos para o amor concreto.

São eles:
1. Amem-se uns aos outros;
2. Aceitem-se uns aos outros;
3. Saúdem-se uns aos outros;
4. Tenham cuidado igual uns pelos outros;
5. Sujeitem-se uns aos outros;
6. Suportem-se uns aos outros;
7. Não tenham inveja uns dos outros;
8. Deixem de julgar uns aos outros;
9. Não se queixem uns dos outros;
10. Não falem mal uns dos outros;
11. Não mordam e devorem uns aos outros;
12. Não provoquem uns aos outros;
13. Não mintam uns aos outros;
14. Confessem os seus pecados uns aos outros;
15. Perdoem-se uns aos outros;
16. Edifiquem-se uns aos outros;
17. Ensinem uns aos outros;
18. Encorajem-se uns aos outros;
19. Aconselhem uns aos outros;
20. Falem entre você com salmos, hinos e cânticos espirituais;
21. Sirvam uns aos outros;
22. Levem os fardos pesados uns dos outros;
23. Acolham uns aos outros;
24. Sejam bondosos uns para com os outros;
25. Orem uns pelos outros.


A nossa união com Cristo faz com que sejamos membros do Seu Corpo (Igreja) e membros uns dos outros (Romanos 12,5). Ninguém pode ver os laços que nos unem. O que se pode enxergar, isto sim, são as manifestações externas dessa relação. A nossa comunhão fraterna revela o quanto estamos ligados a Cristo. Um pequeno grupo que não está manifestando a comunhão por meio do amor mútuo, precisa examinar a si mesmo para descobrir se está ou não em comunhão com Cristo.
Eu aconselho que a sua célula estude bem os mandamentos bíblicos do amor e busque colocá-los em prática na reunião e fora dela. Se precisar ficar mais tempo, quem sabe até o mês inteiro na mesma lição, não se preocupe, valerá a pena se no final todos os membros da célula a estiverem praticando. Como ensina Jesus: “Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu… Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha.” (Mateus 7,21;24)


Temos trabalho para o ano inteiro e um pouco mais. Tenha a certeza que sua célula não será mais a mesma após essa série, com a Graça de Deus. Boa Reunião!


Perguntas
1) Sua célula pode ser considerada uma verdadeira comunidade de amor no lar?
2) Você está disposto(a) a colaborar com o Espírito Santo, para crescer no amor juntamente com sua célula?

domingo, 13 de março de 2011

CHUVA DE SANTIDADE

No último domingo conheci a letra desta música, composta pelo grupo  evangélico Hebron Ministério Fortaleza de Adoração, que gostaria de partilhar com vocês, e fala sobre o desejo de ser santo, que combina bem com o espírito deste tempo da quaresma. Abaixo, o link do Youtube, para podermos ouvir e acompanhar melhor a música:

http://www.youtube.com/watch?v=CbQXQg9w4xE

CHUVA DE SANTIDADE

Senhor, quero te agradar com meu viver
O que penso e faço é para ti
O teu caráter vem forjar em mim
O bem que é o meu dever fazer eu não consigo
Mas o mal que eu não desejo está diante de mim
Derrama sobre mim uma chuva de santidade, Senhor

Vem sobre mim, vem como chuva
Vem sobre mim, me prepara pro teu serviço Senhor (2x)


Lava os meus olhos, lava os meus ouvidos,
Lava os meus lábios, santifica o meu ser,
Lava minhas mãos, lava os meus pés,
lava o meu corpo, santifica o meu ser,
Lava minha mente, meu coração,
Lava minhas vestes, santifica o meu ser.

Vem sobre mim, vem como chuva
Vem sobre mim, me prepara pro teu serviço Senhor (4x)

sábado, 12 de março de 2011

Sistema de Células recebe Reconhecimento Pontifício

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Em 29 de maio de 2009, o sistema de Células Paroquiais de Evangelização (CPE), introduzida na Europa em 1985 pelo sacerdote Dom Pigi Perini, da Paróquia de Santo Eustorgio, em Milão, recebeu, em Roma, o Reconhecimento por parte do Conselho Pontifício para os Leigos.

O Bispo Clemens, que presidiu a cerimônia, explica o significado deste ato para a Igreja: "... com o reconhecimento pontifício, a Igreja como que acolhe o carisma, o caminho, o método, o modo de evangelizar. É um momento de reflexão e também de aceitação. Ou seja, a Igreja aceita o sistema de células como um bom caminho, justo, viável e também dá um novo impulso ao movimento, para que se intensifique a sua utilização. "

Segundo Dom Pigi, que é presidente do Organismo Internacional de Serviço das Células Paroquiais, a partir de agora, essa nova estratégia de evangelização será proposta de forma universal para toda a Igreja: "Esta aprovação pelo Conselho Pontifício para os Leigos faz compreender que esse método não é meu, mas pertence à Igreja, e que a Igreja a faz sua e a propõe. Isso abre muitos caminhos, envolvendo  bispos e párocos, e há esperança de que possa trazer muitos frutos. "

Segundo o Pe. Arnaud Adrien, responsável pelo sistema em células na França, o reconhecimento oficial obtido é um convite para se mostrar o dinamismo dessa proposta: " Este reconhecimento pelo Conselho Pontifício nos envia a todas as nações. Então nós temos que fazer um grande trabalho de divulgação e convidar outras pessoas para conhecer esse método de evangelização, que poderá renovar profundidamente as paróquias".

Fonte: http://www.h2onews.org/index.php?option=com_content&view=article&id=18857:h2onews&catid=1:eventi&Itemid=55

sexta-feira, 11 de março de 2011

O que uma Célula não é

Neste ítem, gostaria de esclarecer algumas dúvidas que muitos tem levantado sobre o que é uma Célula Católica. Assim, passo a discorrer abaixo sobre o que ela NÃO É:

a) Grupo de devoção
Existem muitos grupos devocionais que se reúnem nos lares. São baseados em práticas religiosas como o terço e as novenas. Certamente têm sua utilidade, mas diferem essencialmente quanto aos propósitos das células.
b) Grupo de oração
Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a seguinte atitude: O que o grupo pode fazer por mim? (Emprego, cura, conhecimento…). Um dos estágios da reunião da célula é a oração, mas não é esta a sua maior proposta.
c) Grupo de discussão bíblica
Estes grupos, também conhecidos como círculos, não estimulam a comunhão fraterna tanto quanto uma célula. Além de atender às reais necessidades das pessoas, a célula é uma experiência aberta a acolher novas pessoas, e jamais pode se fechar em si mesma.
d) Grupo de formação
Estes grupos oferecem um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista. Na célula acontece o discipulado dos membros, mas ela não pára nisto.
e) Uma pastoral ou ministério
Na Igreja cada pastoral (ministério) tem uma tarefa específica a realizar (por exemplo: canto, serviço aos pobres, acolhida, pregação, ensino etc.). A célula, por ser uma miniatura da Igreja, não se limita a uma ou algumas tarefas da Igreja, mas a cumprir todos os propósitos de Deus, não como um grupo de trabalho, mas como uma comunidade, onde o “ser” sempre vem antes do “fazer”.

Portanto, célula não é um grupo de cristãos fechado (um clube), criado só para algumas pessoas da Igreja (uma panelinha); ela é uma pequena comunidade cristã que tem a multiplicação do corpo de Cristo como objetivo. E embora tenha reuniões, não se limita a elas. Célula não é um dia por semana, mas uma comunidade viva, em ação, onde os membros são comprometidos uns com os outros, dentro e fora das reuniões. Também não são grupos paralelos à estrutura do corpo eclesial (a comunidade maior), mas são justamente a base vivificante deste corpo.

Como é uma célula?

Na biologia, a célula não é o corpo todo, mas traz dentro de si todas as informações necessárias para gerar um corpo inteiro. Nesse sentido, célula é a miniatura da Igreja que se reúne nos lares, é uma pequena comunidade que atua como centro de treinamento ministerial, pois além de seus membros vivenciarem o “amai-vos” (cf. Jo 13, 34), são capacitados para o “ide” (cf. Mt 28, 19).
A célula imprime um estilo de vida, de modo que seus membros não conseguem separar fé e vida. Por isso, testemunham Cristo no meio em que vivem (oikos), penetrando nos variados segmentos da sociedade, como sal e luz (cf. Mt 5, 13-14).
A convivência dos irmãos é o que garante vida à célula. Nela são gerados fortes vínculos de comunhão, de amizade e de aceitação. Algumas células são homogêneas (exemplo: somente casais, só jovens, só mulheres…), outras heterogêneas (integrando pessoas de diferentes sexos e idades).

Fonte: http://www.comunidadefanuel.com/catolicos/o-que-sao-celulas/

domingo, 6 de março de 2011

Origens

A célula Essência de Deus surgiu a partir da multiplicação de outra célula, a Pão da Vida, liderada pelo Célio. Após caminharmos juntos por pouco mais de 2 anos, a célula Pão da Vida amadureceu e já estava pronta para multiplicação, o que se deu no dia 27/02/2011. Esse fato, que a princípio parecia negativo, visto que muitos membros não queriam a sua "divisão", foi muito frutuoso. Nossa primeira reunião foi uma bênção: os membros participaram ativamente com orações e testemunhos, e o resultado foi muito positivo. Todos foram unânimes em dizer que sentiram grande paz ao final do encontro. Nossas reuniões acontecem na casa da Lígia, no Jardim Satélite, todas as segundas feiras, por volta de 20h.

As fotos a seguir foram da confraternização de final de ano, no Natal de 2009, na célula Pão da Vida. Muitos dos que participaram dessa festa ainda se encontram na célula. Outros irmãos, porém, tiveram que sair, por vários motivos.



Razões para se viver em células

Aqui estão as principais razões para que busquemos viver em células, dentro de uma estrutura paroquial e sob a orientação espiritual de um sacerdote:


1. VOCÊ TEM RELACIONAMENTOS SADIOS
Se você deseja deixar o velho estilo de vida desta sociedade depravada e maliciosa, cujos relacionamentos baseiam-se no egoísmo (prazer sexual, vícios, vantagens financeiras, competição...), a célula é o seu lugar. Ela é um grupo de relacionamentos sadios, onde a pessoa em si é importante e é valorizada (cf. Fp 2,1-5).

2. VOCÊ EXPERIMENTA O CRISTO VIVO
Célula não é  um grupo de estudo bíblico, nem tampouco de reza. Ela é o Corpo de Cristo vivo, porque Cristo se manifesta nos cristãos (cf. Jo 20, 19-28).

3. VOCÊ PODE FALAR DE SUAS NECESSIDADES
A célula é uma família, onde você pode abrir o coração e partilhar aquilo que está vivendo, bem como suas necessidades. Nela você pode ser edificado pela Palavra de Deus e pelo testemunho de outros irmãos que, como você, lutam para viver bem (cf. Ef 4,29).

4. VOCÊ RECEBE ACOMPANHAMENTO (DISCIPULADO)
Como ovelha, você precisa dos cuidados do Bom Pastor (cf. Jo 10). Isto se dá por meio de uma pessoa que fica à sua disposição. Este discipulador pessoal tem a missão de ouvir, ajudar a orar, decidir nas situações difíceis e treinar você para ser um evangelizador.

5. VOCÊ APRENDE A ORAR COM EFICÁCIA
Conviver com pessoas de oração é a melhor escola de oração (cf. Lc 11,1). Na célula, você aprende na prática. Reuniões de célula têm uma atmosfera de louvor e adoração, onde todos são envolvidos. Você aprende a se relacionar e andar com Deus (cf. Jó 42,5).

6. VOCÊ CONHECE A BÍBLIA
Para ser discípulo, você precisa conhecer a Bíblia (cf. Jo 8, 31). Na célula, a ignorância da Bíblia é sanada, pois o anúncio da Palavra de Cristo está no centro da visão de células, e você pode ser beneficiado.

7. VOCÊ SE TORNA UM EVENGELIZADOR EM POTENCIAL
Um dos objetivos das células é ganhar almas para o Reino. Ela faz isso treinando seus membros para serem evangelizadores. Você aprende a falar de Cristo, a se relacionar com incrédulos e construir pontes de amizade para ganhar pessoas do seu oikos. Na célula, você é um ministro (cf. Os 61,6) e tem espaço para trabalhar na missão.

8. VOCÊ CRESCE NOS MINISTÉRIOS
Os dons de Cristo são para todos (cf. Ef 4, 7-12) e você pode muito bem exercê-los e assim, contribuir para a edificação do Corpo de Cristo. Na visão de células, você é protagonista da missão, recebe formação e deixa de ser um cristão consumidor (freguês), tornando-se um discípulo comprometido.

9. VOCÊ CAMINHA DENTRO DE UMA VISÃO DE MULTIPLICAÇÃO
Na célula, você adquire visão espiritual (cf. At 26, 19) e caminha com propósitos, com objetivos e alvos definidos. Você aprende a dirigir sua vida e se tornar uma bênção na vida dos outros também, contribuindo com a expansão do Reino de Cristo.

10. VOCÊ CUMPRE O PLANO DE DEUS NA SUA VIDA
O plano de Deus é que cada um seja um discipulador (cf. Tm 2,2). O plano de Deus é que vivamos o amor fraterno numa pequena comunidade (cf. Jo 13,35). Na célula, você tem a oportunidade de viver a visão bíblica das primeiras comunidades (cf. At 5,42).



QUER SABER MAIS SOBRE ESSE PLANO DE DEUS PARA SUA VIDA NOVA?
Leia o livro: "Células, uma estratégia de evangelização" - Ed. Palavra e Prece. Escrito por Pe. Luís Fernando, Sandro F. Peres e Cezar M. Lima, traz uma profunda reflexão sobre o modelo bíblico das pequenas comunidades cristãs, ajudando você a se tornar um verdadeiro discípulo comprometido com o anúncio do Evangelho e a conquista de almas para o Reino.


"e todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações" (Atos 2,42).

sábado, 5 de março de 2011

o porquê da pequena comunidade


Paulo ensinou que a Igreja é uma família (cf. Ef 2,19). Assim, como em uma família humana todos se conhecem e cuidam uns dos outros, assim, na família espiritual (a comunidade cristã de base), nós, cristãos, devemos nos conhecer e relacionar, visto que somos filhos de Deus e irmãos em Cristo (cf. Hb 10,24-25).


Jesus garantiu que estaria presente em cada pequena comunidade: "Porquê, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles" (Mt 18-20).


A partir daí fica claro que a Igreja não é um projeto individual, mas um projeto comunitário de salvação, pois não se pode chegar a Cristo senão em comunhão, como um corpo, pois Deus não quer salvar os homens indivudualmente, mas como um povo.

Então, o padrão bíblico do povo de Deus desde o AT, que vivia no sistema tribal, em famílias, e mais tarde, o pequeno grupo de Jesus e as igrejas domésticas dos Atos dos Apóstolos, são a nossa referência na organização da comunidade em células. Aqui, revivemos a experiência da igreja nascente, presente tanto nos lares (em seus pequenos grupos de comunhão) como no templo (nas assembléias reunidas para celebrar a fé), (cf. At 2,46; 5,42 e 20,20).

Católicos em Células


O que são Células, na Igreja Católica?
São grupos de pessoas que se reúnem nas casas, a exemplo dos primeiros cristãos, conforme está relatado nos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47 ). São pequenos grupos, de no mínimo 3 pessoas e no máximo 12 pessoas, que crescem e multiplicam-se como células humanas. As células devem estar ligadas a uma paróquia, sob a orientação e supervisão se um sacerdote.
O termo “célula” é sugestivo, pois a Igreja de Cristo, como nos diz São Paulo, é um “corpo” (cf ICor 12, 27) e sabemos que o corpo humano é composto por milhares de pequenas unidades que se juntam para formar o corpo. Essas unidades são chamadas células. Um bebê tem seu início em uma pequena célula no útero da sua mãe, então ela cresce e se multiplica em duas células. Essas duas se transformam em quatro, as quatro em oito e assim por diante.
Uma célula que cresce e se multiplica, transforma-se em um corpo humano, vivo, saudável e maravilhoso! Assim a Igreja de Cristo deve crescer, pois este foi o mandato de Jesus: “Ide, então, fazei de todos os povos discípulos meus”. (Mt 28,19)
Como as células crescem?
Através da evangelização. Cada membro da célula evangeliza uma ou mais pessoas de seu relacionamento cotidiano, trazendo-as para a célula. Então se dá o crescimento, multiplicando-se ou através de implantação de novos núcleos celulares.

Multiplicação – Quando uma célula ultrapassa o número ideal de participantes (12 pessoas), ela se divide em 2 células. O líder auxiliar da célula mãe será o líder da nova célula (filha).
Implantação – Se a necessidade exigir, um líder já treinado dentro do sistema de células e participante de uma célula, começa sozinho ou com mais um membro uma nova célula. .
Tipos de células:
Na Paróquia Espírito Santo, da qual nossa célula faz parte, há células infantis, juvenis, de jovens adultos, mulheres, mistas e de casais. 
Objetivos das células
1- Louvor (Liturgia)
2- Evangelização (Kerigma)
3- Comunhão fraterna (Koinonia)
4- Discipulado (Katequese)
5- Serviço (Diakonia)

Elementos da Reunião Celular
As reuniões vivenciam os objetivos celulares em 5 passos (5 “E´s”), com base em At 2,42-47:
1° PassoEncontro – (.Acolhida) - Comunhão
Objetivo: Integrar as pessoas, fazendo com que elas estejam à vontade na reunião não sentindo-se ameaçadas.
Atividades: Perguntas e dinâmicas
Duração: 10-15 min
2° PassoExaltação (Louvor) - Louvor
Objetivo: Interação entre nós e Deus, focalizamos nossa atenção na presença de Deus entre nós.
Atividades: Cânticos, salmos, louvor espontâneo e silêncio.
Duração: 15 min.
3° PassoEdificação (Ensino) - Discipulado
Objetivo: Interação – Deus para nós através de sua Palavra, indo ao encontro das necessidades, edificando as pessoas, ajudando-as na vivência cristã.
Atividades: Estudo da Bíblia, perguntas, respostas e partilha.
Duração: 40 min.
4° PassoEvangelização (Missão) - Evangelização
Objetivo: Interação; Deus agindo por meio de nós (alcançando os afastados) encorajamento para a missão evangelizadora.
Atividades: Planejamento de estratégias de evangelização, motivação por parte do líder para evangelizar, apresentação dos nomes dos que serão e estão sendo evangelizados para a oração.
Duração: 15 min.
5° PassoEntrega (oração) - Serviço
Objetivo: Interação entre Deus e nós. Através de súplicas e intercessão pelas necessidades da Obra de Deus e pelas necessidades pessoais. Aqui também se faz a partilha de bens materiais, quando for necessário.
Atividades: Oração uns pelos outros, intercessão pelos que estão sendo evangelizados, compromisso com a oração pelas pessoas durante a semana, partilha material.
Duração: 15 min.
Tempo de Reunião: 1 hora e meia.
Local da Reunião: Preferencialmente nas casas, porém, se for necessário, em qualquer lugar que possa acolher as pessoas (escola, fábrica, centros comunitários…)
Vantagens das células:
1- Envolvimento pessoal
2- As pessoas ficam mais unidas
3- O pequeno grupo facilita a evangelização
4- Integração das pessoas na Igreja através de amizades
5- Acompanhamento pessoal (pastoreio)
6- Revelação de dons espirituais e geração de novos líderes
7- Ajuda mútua
8- Ensino bíblico prático
Fundamentos Bíblicos das Células:
O Princípio de Jetro: Êxodo 18, 13-25
Ministério de Jesus
• Pequeno grupo de discípulos:
Mt 13,36
• Evangelização nas casas:
Mt 8,14; Mc 2,3; Mt 8,14; Mc 5,38-42; Lc 7,36; Lc 10,38-42; Lc 19,10
Igreja Primitiva
• Reuniões Cristãs nos lares: At 2, 42-47; At 12-17; At 20,7-12.20; Rm 16, 3-5; I Cor 16, 3-5; Colossenses 4,15; Filemon 2.



Atos dos Apóstolos


Nos Evangelhos encontramos as narrativas de como o Senhor Jesus iniciou grupos humanos em torno dos propósitos do Reino de Deus, começando com alguns amigos próximos (cf. Mt 4, 18-22; Mc 1, 14-20; Lc 9, 1-6; Jo 1, 35-48), aos quais transmitiu Sua missão, discipulando-os e treinando-os para a liderança, de maneira interpessoal (cf. Lc 22, 31-32), a fim de formá-los em testemunhas matrizes qualificadas (cf. At 1, 8), que por sua vez, retransmitiriam a outros (cf. At 2, 37-39; II Tm 2, 2).


Esta ação inicial dos primórdios da comunidade cristã apresenta dois elementos constantes:
• Reuniões no templo e pelas casas (cf. At 5, 42; 20, 20).
• Um processo de crescimento e multiplicação (cf. Mc 2, 1-2; 3, 20; 14, 15; 16, 14-20);
Seguindo este modelo neotestamentário, a Comunidade compreende-se constituída na sua natureza por uma estrutura onde todos os seus membros estejam engajados em pequenos grupos de comunhão nos lares chamados Células, formando uma “família de comunhão”, como sinal da Trindade, que é comunidade de amor, manifestando a obra do Espírito pelo fruto da koinonia, e desta forma assemelhar-se mais radicalmente àquelas comunidades cristãs primitivas, como descritas nos Atos dos Apóstolos onde todos mantinham uma forte relação de comunhão propulsora da missão cristã.